Na Época dos Inventores

Era uma manhã levemente ensolarada e George estava triste, desiludido com suas mechas longas e louras que não faziam sucesso com as mulheres em 1720.

Saiu para dar uma volta pelas dependências do humilde castelo em que morava, quando viu um dos criados amarrando o rabo de um cavalo com pequenos pedaços de arame, para que não o chicoteasse enquanto seu pêlo da cor de um Hersheys Cookies, com os cookies e tudo era caprichosamente escovado.

Dias depois, convidado para saudar a volta de um Barão de breve viagem à Espanha, caprichou em seu terno com babados, mas suas mechas ainda lhe deixava infeliz. Pensou por alguns segundos em terminar com elas, vendo uma tesoura descansada na penteadeira, mas desistiu.

Poderia ter pensado em prender a vasta cabeleira para trás, com aqueles aramezinhos de fechar pacotes de Pão Pullman, mas estes ainda nem existiam na época. Talvez por isso, ele tenha lembrado do cavalo cor de Hersheys, e investigando vestidos antigos de sua irmã, daqueles com um esqueleto por dentro e a saia parecida com um abajour. Acabou por encontrar um arame fino, maleável na medida certa, e com certo esforço, o dobra em dois, com pressão e forma perfeita para o que pensava.

Em segundos, George inventara o rabo de cavalo e o grampo de cabelo, que depois também serviria para arrombar cadeados.